Mágica para encher o tanque? Programa Bem Viver escuta motoristas de app

Da Redação
25/03/2021 - 13:32
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Mágica para encher o tanque? Programa Bem Viver escuta motoristas de app

Um dos destaques do Bem Viver desta quinta-feira (25) é a situação de motoristas de app diante dos sucessivos aumentos no combustível. Em 2021, o preço do litro da gasolina foi reajustado seis vezes e subiu, no acumulado, 53%, ultrapassando a casa dos R$ 5 em quase todos os postos.

O programa traz também a constante luta pela sobrevivência dos povos indígenas diante das posturas do governo Bolsonaro. Há denúncias na atuação do governo federal para favorecer a mineração em territórios indígenas e de dificuldades para vacinação das etnias. 

A Década do Oceano (2021-2030) é o tema de uma entrevista com o professor Alexandre Turra, do Instituto de Oceanografia da Universidade de São Paulo (USP). A conversa foi feita pelo repórter Danilo Moliterno, da Rádio USP. 

Já o xodó causo compartilhado pelo xodó Mouzar Benedito traz uma confusão em partida de futebol. Em época de árbitro de vídeo, com a tecnologia do VAR (Vídeo Assistent Referee), o colunista resgata um imbróglio da década de 1950, no interior de Minas Gerais. 

Indígenas

O Bem Viver permanece acompanhando as batalhas travadas entre a postura do governo federal e a sobrevivência dos povos indígenas. O programa traz a denúncia da articulação de Jair Bolsonaro com estados do Norte do país para favorecer a inconstitucional mineração em terras indígenas.

“O que está acontecendo agora: vários estados na Amazônia passam então a discutir a liberação do garimpo a partir de legislações estaduais, que é o caso de Roraima e é o caso também de Rondônia, que são dois governos que se elegeram usando os mesmos discursos do Governo Bolsonaro. Dois governos que são completamente aliados a Bolsonaro. São eles Marcos Rocha (PSL), em Rondônia, que é militar, e Antônio Denarium (sem partido), em Roraima”, explica Francisco Kelvim, coordenador nacional do MAB. 

Ou seja, o capitão reformado estaria “comendo pelas beiradas” para forjar a mineração através das unidades federativas. Porém, a articulação também é inconstitucional, uma vez que apenas a união pode decidir na relação com terras indígenas. 

Outra pauta presente na edição é a dificuldade para imunização dos povos indígenas contra a covid-19. Ao mesmo tempo do sumiço de 320 doses de vacinas destinadas aos povos Território Indígena do Xingu (TIX), o Ministério da Saúde planejou a vacinação apenas de pessoas em terras homologadas.

Por sua vez, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou no dia 16 de março que indígenas que não residem em terras homologadas também fazem parte do grupo prioritário de imunização contra o novo coronavírus.  

Crises

O aumento no preço da gasolina obrigou motoristas de aplicativo a encararem jornadas exaustivas para fechar a conta do trabalho. Com a alta nos combustíveis, a margem de ganhos ficou mais apertada.

“A gente paga para trabalhar. Hoje eu coloco R$ 100 de gasolina e dá 20 litros. Rodando esses 20 litros, eu tenho um lucro de, mais ou menos, R$ 30”, relata Elvis Freitas Vidal, de 23 anos, que atua desde os 18 como motorista.

A questão literal de “pagar para trabalhar” aumenta ainda quando se pensa em outros custos de manutenção dos veículos.

“Vamos supor que meu pneu furou. Se eu fizer uma corrida de R$ 100 e colocar R$ 70 de álcool, não consigo nem consertar o pneu”, explica Elvis. 

Oceanos

A entrada na chamada Década do Oceano (2021-2030) é o tema da entrevista com o professor Alexandre Turra, da USP. Ele destaca que o período, estipulado pela Organização das Nações Unidas (ONU) é importante para ampliar os conhecimentos sobre esses imensos ecossistemas. 

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Além disso, o docente retrata a necessidade de tradução da ciência oceanográfica para toda a população, favorecendo a construção de políticas adequadas e aproveitamento sustentável dos mares.  

Que regra é essa?

Vacinado contra a covid-19, o colunista Mouzar Benedito entra em campo através da memória. Ele lembra uma confusão em partida de futebol no interior de Minas Gerais, na década de cinquenta. O causo inusitado exige uma tomada de decisão do árbitro em uma época que nem cartão amarelo ou vermelho existiam… e nenhum lampejo de VAR. 


Produção da Rádio Brasil de Fato vai ao ar de segunda a sexta-feira / Brasil de Fato / Bem Viver

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Edição: Daniel Lamir