Justiça concede guarda de 1.056 búfalos a ONG depois que proprietário acabou com o pasto para os animais morrerem de fome

Da Redação
22/12/2021 - 16:21
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Justiça concede guarda de 1.056 búfalos a ONG depois que proprietário acabou com o pasto para os animais morrerem de fome

A Promotoria de Justiça de Brotas instaurou (SP) um inquérito civil para apurar os maus-tratos praticados contra búfalos em uma fazenda situada no município, que fica no interior do estado de São Paulo.

O pedido de investigação considera as denúncias de abandono de animais, que teriam passado fome e sede até morrer, o que matou dezenas deles. A portaria também busca identificar possíveis danos ambientais e ao curso hídrico do local.

Segundo testemunhas, o proprietário do local, Luiz Augusto Pinheiro de Souza, perdeu o interesse nos animais porque acabou com o pasto para plantar soja. Ele nega as denúncias e diz que os animais que morreram no local estavam velhos. A defesa dele afirma também que os búfalos que morreram representam 3% do total dos animais e que boa parte das mortes foi impulsionada pela seca que afetou a região.

Para apurar se apresentará denúncias, o Ministério Público de São Paulo vai aguardar o resultado de inquéritos da Polícia Civil e Ambiental, que investigam o proprietário da fazenda.

Na semana passada, o proprietário sofreu uma derrota na Justiça de São Paulo, que concedeu a guarda dos 1.056 búfalos e 72 cavalos da fazenda à ONG (organização não governamental) Sos O Bicho Vai Pegar, considerando as denúncias de maus-tratos. 

A decisão, da juíza Marcela Machado Martiniano (leia na íntegra), também determina que o proprietário do imóvel se abstenha de intervir nas ações da ONG. “O cuidado compartilhado com a parte autora anteriormente determinado não resultou frutífero, suscitando conflitos”, escreveu Martiniano.

A decisão, da também proibiu Souza de intervir no trabalho da ONG, sob pena de multa diária de R$ 20.000,00. Ele também foi multado em R$ 2,1 milhões pela Polícia Militar Ambiental e chegou a ser preso. O fazendeiro foi libertado após pagar fiança.

do R-7