Deputados criticam nono aumento da gasolina

Da Redação
12/08/2021 - 17:21
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Deputados criticam nono aumento da gasolina

Deputados do PCdoB reagiram em suas redes sociais ao novo aumento da gasolina anunciado pela Petrobras. De acordo com a estatal, o preço médio por litro do combustível vendido às distribuidoras vai passar de R$ 2,69 para R$ 2,78. É o nono aumento este ano. Nas bombas o consumidor já paga mais de R$ 6,00 pelo litro do produto.

“Enquanto Bolsonaro ocupou os últimos meses do país com a pauta maluca do voto impresso, a Petrobras anuncia mais um aumento nos combustíveis. Gasolina 51% mais cara só neste ano. Arminha com a mão e desfile de canhão não resolvem esse problema”, criticou o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

A vice-líder da Minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) também se manifestou contra o novo aumento. “Triste! Petrobras anuncia aumento do preço da gasolina em 3,5% a partir desta quinta. O preço do combustível já subiu 51% este ano”, ressaltou.

Até a gasolina chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais (39,1%); custos para aquisição e mistura obrigatória de etanol anidro (15,7%); além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores (12,2%).

A contribuição do preço da Petrobras para o preço na bomba é de 33%, segundo dados da ANP. “Assim, os valores praticados nas refinarias pela Petrobras são diferentes dos percebidos pelo consumidor final no varejo”, ressalta a estatal em comunicado.

“De novo, mais uma vez, a gasolina amanheceu mais cara em todo o país. É o nono aumento de 2021. Quanto está a gasolina na sua região?”, questionou a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA).

Já a vice-líder da Oposição, deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), lembrou que o aumento faz parte da política de preços mantida pelo governo Bolsonaro. “Tá bom pra você que defende Bolsonaro?”, ironizou a parlamentar em sua conta no Twitter.

O PCdoB é um dos partidos que critica a política de reajuste de preços dos combustíveis adotada pós-golpe, pelo governo de Michel Temer, e mantida pelo governo Bolsonaro. À época, Temer alterou a política de preços para um conceito conhecido como “paridade de importação”, que calcula quanto custaria a venda, no mercado brasileiro, de combustível comprado nos Estados Unidos. A ação de Temer foi fundamental para agradar o mercado financeiro e promover a alta do preço dos combustíveis, além do gás de cozinha, sacrificando ainda mais a renda do brasileiro. No entanto, à época, a medida era “vendida” como alternativa para baixar o preço dos combustíveis, o que não tem sido visto, na prática. Bolsonaro, em vez de enfrentar o debate de fundo, manteve a política.

Em Plenário, Perpétua também criticou o aumento e pontuou que o reajuste do combústivel é seguido de outras altas e que impactará ainda mais a vida dos brasileiros. “O povo não vai aguentar o que está acontecendo com o nosso Brasil. É preciso uma ação imediata deste plenário. Quando se reajusta a gasolina, em seguida vem o reajuste da cesta básica, do botijão de gás, da conta de energia. Desta forma, o povo não aguenta seguir com o governo Bolsonaro.”