Conter disseminação da covid-19 é mais desafiador entre adolescentes e jovens

Da Redação
27/03/2021 - 10:45
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Conter disseminação da covid-19 é mais desafiador entre adolescentes e jovens

Segundo Benito Lourenço, o adolescente está, de certa forma, protegido da letalidade e é uma peça determinante na cadeia de transmissão, daí a importância da manutenção dos protocolos para evitar a contaminação

Cresce cada vez mais o número de jovens em estado grave decorrente da contaminação pelo coronavírus, diante das novas variantes. São novos os desafios para conter a disseminação do vírus. Em entrevista ao Jornal da USP no Ar Primeira Edição, o médico Benito Lourenço, chefe da Unidade de Adolescentes do Instituto da Criança e do Adolescente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, discute o tópico.

Médico Benito Lourenço – Foto: Sociedade de Pediatria de São Paulo

“O que chama mais atenção é a questão da transmissão. O adolescente é responsável tanto quanto o adulto e aí devemos direcionar toda nossa atenção ao isolamento dos adolescentes e jovens. Essa é uma faixa etária que, naturalmente, não é de se isolar, não é de se guardar tanto em casa. Estamos falando de um momento da vida em que você quer ir para o mundo, sair, afastar-se dos pais, encontrar novos sentimentos, além de ser o momento de desenvolvimento da sexualidade”, destaca.

Deve haver, então, um trabalho de insistência maior quanto à prevenção da contaminação.  Benito Lourenço menciona também a importância da fidelidade à verdade e da negociação. “Essa convivência mais forçada exige que as famílias tenham uma percepção de negociação e de compreensão. É necessário considerar uma flexibilização em alguns aspectos, nunca perdendo o foco do sofrimento mental que temos visto nessa faixa etária nesse momento.”

Ao mesmo tempo em que o adolescente está, de certa forma, protegido da letalidade, ele é uma peça determinante na cadeia de transmissão, informa o médico, e encerra insistindo na manutenção dos protocolos para evitar a contaminação. Para ele, o medo não é a melhor ferramenta para incentivar o isolamento e a prevenção, nessa faixa etária.


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