Mil dias de governo Bolsonaro marca a explosão da miséria, da fome, além das quase 600 mil mortes pela Covid-19, criticam petistas
Parlamentares da Bancada do PT na Câmara afirmaram em suas redes sociais neste domingo (26) que a principal marca dos mil dias do governo Bolsonaro é o aumento exponencial da miséria e da fome no País.
Os petistas observaram ainda que, durante esse período, a incompetência e o negacionismo do governo Bolsonaro foram responsáveis pelo aumento da inflação e da carestia que afeta principalmente a população mais pobre do País, além das quase 600 mil mortes de brasileiros por conta da pandemia da Covid-19.
Reportagem do site UOL deste domingo (26), aponta que pelo menos 2 milhões de famílias brasileiras tiveram a renda reduzida e caíram para a extrema pobreza desde o início do governo Bolsonaro, em janeiro de 2019, até junho deste ano.
Em dezembro de 2018, durante o governo golpista de Michel Temer (MDB), eram 12,7 milhões na pobreza extrema. Agora, com Jair Bolsonaro na presidência, esse número chegou a 14,7 milhões em junho de 2021.
Os dados são do Cadastro Único do governo federal, o chamado CadÚnico, que reúne informações sobre os beneficiários de programas sociais.
O líder do PT na Câmara, deputado Elvino Bohn Gass (RS), disse que essa situação é reflexo da falta de competência e da insanidade do presidente Bolsonaro em relação à condução do País.
“Hoje, 1.000 dias do pior governo da história do Brasil. No período, Bolsonaro criou cerca de três crises por mês (100 até agora). À insanidade do presidente, some-se a pandemia. Resultado: entre todos os países emergentes, o Brasil é o que impõe os maiores sacrifícios ao povo”, observou.
O parlamentar criticou ainda que a tentativa dos bolsonaristas em jogar a culpa pela atual situação do País na pandemia não se justifica. “O coronavírus espalhou-se pelo mundo inteiro. Então, não venham com essa de que, no Brasil, a comida cara, a gasolina cara e o gás de cozinha caro é culpa da pandemia. Não é! A culpa é da incompetência e da insanidade de Jair Bolsonaro”, acusou Bohn Gass.
Ainda de acordo com a reportagem do UOL, o número de pessoas em extrema pobreza no mês de junho (14,7 milhões) é o maior desde o início dos registros pelo Ministério da Cidadania – em agosto de 2012 – com 41,1 milhões de pessoas.
Segundo os parlamentares petistas Erika Kokay (DF) e Henrique Fontana (RS), o Brasil nada tem a comemorar nesses mil dias de governo Bolsonaro. “1000 dias de desemprego, fome, inflação, miséria, crises, caos e mentiras no desgoverno Bolsonaro. O povo brasileiro não aguenta mais!”, escreveu Kokay.
Já Henrique Fontana disse que são “mil dias de corrupção, descontrole sanitário, desemprego, inflação, fome, aumentos constantes nos preços de combustíveis e vergonha internacional”. “O Brasil de Bolsonaro não tem nada o que comemorar no dia de hoje, atestou o deputado.
Brasil já foi exemplo no combate à miséria e a fome
O deputado Helder Salomão (PT-ES) manifestou indignação diante da atual situação de aumento da miséria no País. Ele lembrou que durante os governos petistas o País era exemplo para o mundo no combate à miséria e à fome.
“É revoltante a situação dos brasileiros mais pobres implorando por ossos e procurando no lixo restos de alimentos. E pensar que o Brasil já foi referência para o mundo no combate à fome. Armaram um golpe contra Dilma e prenderam Lula por isso. É um projeto de morte”, afirmou.
No gráfico abaixo, elaborado pela Assessoria Técnica da Bancada do PT, uma demonstração da redução do número de pobres e extremamente pobres nos governos petistas.
Aumento da inflação e da carestia
Além do aumento da miséria e do caos sanitário que provocou a morte de quase 600 mil brasileiros pela Covid-19, o deputado José Guimarães (PT-CE) ressaltou que o legado que o governo Bolsonaro deixa nesses mil dias de governo é o massacre do poder de compra da classe trabalhadora.
“1000 dias do governo Bolsonaro é só tragédia! Bolsonaro e Guedes esmagam os trabalhadores! Com a inflação superando dois dígitos e o rendimento médio regredindo aos níveis de 2017, o Brasil está sendo empurrado para mais desemprego, miséria e fome”, lamentou.
A afirmação do parlamentar é atestada pela atual disparada da inflação, que atinge principalmente os alimentos. A prévia da inflação para este mês de setembro sobe 1,14%, segundo o IBGE, e é o maior para este mês desde 1994. Com o índice, a inflação nos últimos 12 meses já chega a 10,05%.
Diante desse cenário de inflação alta e de desemprego e precarização do trabalho, a renda média do trabalhador encolhe e é a menor desde 2017, segundo levantamento da Consultoria IDados, baseado em indicadores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad). A renda média real do trabalho ficou em R$ 2.433 no 2º trimestre de 2021. Esse número representa uma queda de quase 7% na comparação com o mesmo trimestre de 2020 (R$ 2.613), já descontada a inflação do período.
Deputado Rogério Correia (PT-MG) – “O governo genocida completa 1000 dias de desesperança: genocídio e fome! #1000diasDeCaos. 2 milhões de famílias caíram na extrema pobreza no governo Bolsonaro.”
Deputado Enio Verri (PT-PR) – “1000 dias de governo, 1000 dias que o presidente não trabalha, 1000 dias de incompetência com economia. Estamos com recorde de desemprego, inflação, crise energética, fome, e um presidente quem vive de mentiras. Já enganou o Brasil tempo demais”.
Deputado Odair Cunha (PT-MG) – “E tem gente que fala em comemorar esses 1000 dias de desastre brasileiro!”
Deputado Carlos Zarattini (PT-SP) – “Mil dias de governo Bolsonaro é comemoração macabra. 600 mil mortes de Covid, 15 milhões de desempregados e a volta da fome! Cada dia a mais de Bolsonaro no governo é um dia a mais de desgraça para o povo brasileiro!”
Deputado Rubens Otoni (PT-GO) – “Bolsonaro chega a 1.000 dias de governo com aprovação menor que a de FHC, Lula e Dilma. Desastre total!”.