Banco BV é o pioneiro na aquisição da CPR Verde, apostando no mercado de preservação ambiental

Cédula de Produto Rural Verde adquirida pelo Banco BV foi emitida com plataforma digital da greentech Global Forest Bond (GFB) e registrada na B3.

Da Redação
14/07/2022 - 21:04
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Banco BV é o pioneiro na aquisição da CPR Verde, apostando no mercado de preservação ambiental

Cédula de Produto Rural Verde adquirida pelo Banco BV foi emitida com plataforma digital da greentech Global Forest Bond (GFB) e registrada na B3.

O Banco BV, 5º maior banco privado do país, é a primeira instituição financeira a adquirir uma Cédula de Produto Rural Verde (CPR Verde) emitida e registrada no Brasil. Isso foi possível graças à metodologia e plataforma digital de inventário e valoração de ativos florestais desenvolvidas pela startup de finanças verdes Global Forest Bond (GFB) em aliança com a KPMG.

“A aquisição da CPR Verde é mais um passo que o BV dá rumo a uma economia de baixo carbono. Por meio deste instrumento, será possível remunerar a preservação ambiental e reforçar nossa estratégia de fomentar o desenvolvimento social por meio de uma atuação sustentável com nosso ecossistema”, afirma Rogério Monori, diretor executivo de Corporate & Investment Banking e Tesouraria do Banco BV.

O projeto-piloto abrange área de Mata Atlântica que pertence à Reserva Chico Nunes – RCN, no município paulista de Cruzeiro (SP). A área foi inventariada pelos profissionais da Jataí Capital e Conservação com o aplicativo digital da greentech Global Forest Bond (GFB). Por se tratar de um produto do agronegócio, a Bolsa Brasileira de Mercadorias realizou o registro da CPR Verde na B3.

“Os fundadores da GFB sempre defenderam trazer para a conservação ambiental o arcabouço jurídico e financeiro do agronegócio, garantindo assim mais segurança jurídica. Nossa plataforma digital, desenvolvida em aliança com a KPMG, dá escala, agilidade e reduz custos dos inventários florestais, um dos maiores gargalos técnicos para a emissão de títulos verdes no Brasil e no mundo. Ter esse trabalho pioneiro reconhecido pelo Banco BV, líder em finanças sustentáveis, é motivo de orgulho para nós”, destaca Eduardo Marson, CEO da Global Forest Bond.

A CPR Verde traz listados uma série de serviços ecossistêmicos performados pela área conservada, como por exemplo a estocagem de carbono, a manutenção do fluxo hidrológico e biodiversidade locais, entre outros, permitindo vários tipos de “claims” ambientais pelo adquirente. “Pelo aplicativo da GFB/KPMG, toda a sociedade tem acesso aos dados do inventário por QR Code, que podem ser auditados a qualquer tempo. Além disso, a CPR tem alta transparência e baixo custo de transação”, completou Marson.

A CPR Verde foi instituída pela Lei nº 13.986/2020 e regulamentado através do Decreto nº 10.828/ 2021, visando estimular financeiramente o produtor rural que executar ações de preservação ambiental na área em que desenvolve suas atividades. Este instrumento financeiro do agronegócio, permite que empresas interessadas em mitigar suas emissões de gases de efeito estufa e/ou comprovar que atuam de forma efetiva para evitar o desmatamento de florestas nativas, adquiram os títulos mediante o compromisso do produtor em manter a área conservada. A CPR Verde liga a empresa que quer ser ambientalmente sustentável com o produtor rural que efetivamente conserva biomas nativos.

Artur Ferreira, sócio da GFB destaca que “são várias as atratividades para que uma empresa utilize a nossa ferramenta ESG como, por exemplo, o aumento do valor real da companhia, a melhora na sua imagem institucional; maior transparência, gerando confiança aos investidores; prioridade de mercado; e coloca a empresa alinhada com os interesses dos consumidores; acesso à mercados internacionais que passarão a exigir, a partir de 2025, a comprovação de produtos e serviços livres de desmatamento, como a União Européia e os Estados Unidos; entre outros”.

No último mês de maio a startup assinou um acordo com a Brasil BioFuels (BBF) para o estudo de emissões de instrumento para o pagamento por serviços ambientais em áreas de preservação permanente (APPs) na região Norte do país. O novo empreendimento demandará a conservação de 100 mil hectares de reserva legal e a recuperação de outros 100 mil hectares de áreas degradadas na Amazônia através de plantio de palma, além das áreas de conservação e cultivo já existentes. A geração de ativos de conservação florestal, lastreados em CPR Verde pelo modelo da startup GFB, servirá como pilar de apoio para remunerar os serviços ambientais dessas áreas.